Gaston Bachelard1, diz que ‘‘é preciso recensear todos os desejos e abandonar o que se vê e o que se diz em favor do que se imagina.’’ Portanto, criamos nosso dicionário da imaginação. Nele, as palavras são sugeridas pelas crianças, e, dessa maneira os significados são criados por elas também.
Como pássaros que possuem asas para voar, sobrevoar e mergulhar entre os ares e as águas, instigamos nossos desejos. As asas da imaginação foram ativadas e, com a ajuda de Peter Pan voamos, criamos e também inventamos nossas próprias realidades, as nossas terras do nunca.
Passamos por portais mágicos e muitas dimensões até então desconhecidas. Entre devaneios e desejos, as terras começaram a ganhar formas e características. Chegamos a terras indestrutíveis; aterrissamos em terras de doces infinitos; sobrevoamos em terras com altas temperaturas; e sonhamos com terras em que os pesadelos não teriam vez.
No sonho, não se voa para ir aos céus; sobe-se aos céus porque se voa.
‘‘E às vezes largo
O afazer
Me pego em sonho
A navegar...’’2
3os. anos do Ensino Fundamental I
1. BACHELARD, Gaston. O ar e os sonhos. Ensaio sobre a imaginação da matéria. Martins Fontes: São Paulo, 2011.
2. Xote da Navegação, de Chico Buarque. Disponível em: https://www.letras.mus.br/chico-buarque/129854/