Diante desse quadro, o Colégio São Domingos opta por concentrar-se nas atividades educacionais por meio remoto. Recorremos à Comunidade CSD, que é tão colaborativa e parceira, para que não enviem seus filhos à escola enquanto essas condições perdurarem. Inicialmente, faremos isso por duas semanas. No dia 18 de março, quinta-feira, convocaremos o Conselho de Escola para avaliar o contexto da pandemia e projetar as ações para o futuro próximo.
A escola permanecerá aberta, nesse período, para alunos que necessitem ser atendidos excepcionalmente, com equipe mobilizada para estar na escola exclusivamente para essa excepcionalidade específica. Para isso, os familiares devem agendar com a Coordenação Pedagógica da série/ano cursado pelo aluno. Segundo a comunicação da Secretaria de Educação, tal excepcionalidade deve ser entendida de maneira bem restrita
Nossa decisão visa à preservação de todos. Sabemos o quanto isso envolve contratempos. Mas nossa realidade não oferece tréguas nem conforto, infelizmente. Havia previsão desde 2020 de que os funcionamentos sociais sem a vacinação massiva estariam sujeitos a intermitências como essa. Só não contávamos com a gravidade dobrada em relação aos piores momentos do ano passado.
Crianças e jovens não são mais poupados pelo coronavírus. No mês de fevereiro tivemos casos de contágio - de origem externa, mas que repercutem internamente - entre todos os setores da comunidade (familiares, alunos, professores, funcionários). A onda cresce na direção de grupos reunidos. Hoje, confirma-se tecnicamente que os protocolos (seguidos por nós com rigor e, acreditamos que por cada família também) não conseguem barrar a disseminação viral que converge para o ambiente escolar em atividade presencial.
A cada caso notificado, somos orientados a dispensar da convivência escolar, por duas semanas, todos que tiveram qualquer tipo de contato com a pessoa acometida ou sob suspeita de contágio. Mesmo que tenham tido esse contato utilizando máscara, com distanciamento respeitado e emprego de álcool gel na higiene das mãos. A seguir essa dinâmica, em breve não teríamos mais funcionários e professores para o trabalho presencial. E, o pior, não teríamos como prever a evolução do quadro de saúde de cada um dos enfermos. Especialmente, sem vagas nos hospitais. Desastre anunciado e iminente.
Devemos evitar ao máximo a circulação de pessoas pela cidade. E mais ainda qualquer tipo de concentração. Esse é o apelo subjacente à medida.
Muitas famílias já não têm enviado seus filhos para as aulas presenciais, durante o período recente. Conscientes desse quadro, alunos, familiares e professores se articulam - cada setor em sua ecologia própria - e manifestam-se em apoio à decisão ora anunciada. Ao final desse comunicado estão os documentos enviados à Direção e à Comunidade em links correspondentes.
Retomamos: as aulas seguem acontecendo normalmente pelo modo remoto, sem prejuízo de calendário nem dos cursos programados.
Contamos com a responsabilidade social - que sabemos ser um dos pilares da Comunidade CSD - para a compreensão do que sofridamente vivemos e das medidas de emergência assumidas em defesa da vida. Lamentamos sinceramente o retrocesso da pandemia. Cabe-nos, entretanto, lidar com responsabilidade em relação à preservação da saúde da comunidade educativa. Voltar ao isolamento social é hoje uma forma de acolhimento solidário entre nós. A experiência vivida coletivamente, ainda que indesejada, torna-se mais suportável.
Agradecemos todo o apoio propositivo, prático e reflexivo que a Comunidade CSD tem nos dedicado nessa fase de inquietações, tensões e desafios hercúleos a serem enfrentados. Procuramos corresponder com competência, simplicidade e honestidade.
Por favor, cuidem-se e ajudem a cuidar das pessoas de suas relações.
Cordialmente,
Equipe de Direção
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