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Após os primeiros 96 dias de experiência no regime virtual que se nos impôs pela quarentena no primeiro semestre, temos hoje experiência sedimentada também nesse modo de operar. E como não poderia deixar de ser em se tratando de educadores comprometidos, muita reflexão coletiva a respeito também foi produzida. Nossa determinação agora é ir além. Aprofundar e aprimorar-nos nessa condição.

Planejamos o semestre. E, por certo, o replanejaremos muitas vezes. No contato com os alunos, os contornos vão se fazendo dinâmicos. No diálogo, os motes se alteram. Na observação atenta da realidade social, urgências se instalam. Nas circulações de repertórios entre educadores e, hoje em dia mais que em outros tempos, nos intercâmbios com familiares, novos rumos são traçados. Isso faz um currículo vivo. Aberto. Isso faz o conhecimento pulsar. Inesgotável. Doses de incerteza nos abastecem, nesse aspecto.

Vamos trabalhar até quando nesse regime?

A sociedade civil debate. O governo estadual, pressionado, negocia. O município diverge. O Conselho Nacional de Educação flexibiliza. Entidades representativas de professores e funcionários posicionam-se a favor de não colocar vidas em risco. Centros universitários vão na mesma direção.

Estamos preparados para, a partir da estrutura curricular planejada, vir a também reintroduzir o trabalho presencial progressivamente caso prevaleça o que está desenhado pelas autoridades públicas até agora. As medidas protocolares para essa retomada presencial estão adotadas. Equipamentos e processos de desinfecção, sinalizações visuais em vias de acabamento, formação de pessoal responsável por infraestrutura. Enfim, cuidamos de seguir as recomendações de profilaxia sanitária.

Se isso é capaz de imunizar-nos em relação ao contágio de covid-19 é inseguro.

Queremos refletir coletivamente com nossa Comunidade sobre os passos a dar nesse momento. Para isso, convocaremos nosso Conselho de Escola para o dia 11 de agosto próximo. Testaremos entendimentos, conheceremos pontos de vista. Buscamos na Comunidade profissionais da área da saúde com conhecimento epidemiológico e da imprensa que se ocupam da cobertura da evolução da pandemia para auxiliar-nos nesse esforço de ponderação.

Entre o incerto e o inseguro, esse caminho nos parece o mais prudente.

De resto, nosso ânimo está ainda mais aguçado com os desafios a serem vencidos. A saudade é que só cresce.

Bem-vindos de volta!

Abraços

Silvio Barini Pinto