Sobre a patogenicidade ou letalidade do vírus, o que se pode afirmar até o momento, é que oscila entre 3 e 3,4% entre os infectados com complicações de saúde (https://portal.fiocruz.br/). Nada desprezível, mas porcentagem de óbitos próxima da provocada por outras doenças presentes entre nós, como sarampo, chikungunya, febre amarela.
A questão mais impressionante é que o coronavírus coloca em xeque a capacidade dos sistemas de saúde público e privado para a atuação de emergência em situação crítica como essa que exige cuidados intensivos aos pacientes com complicações após o contágio. Nesse aspecto, o caos se instala. O impacto dessa situação nos profissionais de saúde ligados diretamente à gestão dessa situação revela grande e justificado desassossego.
Quando esse desassossego é veiculado publicamente, fica dificultado o discernimento entre o que é déficit de estrutura para tratamento de casos agravados pela infecção e as questões mais diretamente ligadas ao processo de prevenção de contágio.
A realidade das redes hospitalares (bastante precária) não inclui senão uma pequena parcela da população que pode ter sido infectada. E essa população não é senão uma parte também reduzida da população em geral. Se não tivermos isso em conta, contribuiremos para gerar mais ondas de pânico na sociedade. (o vídeo com dr. David Uip confirma essa análise. Assita aqui)
Trata-se de um surto com gravidade, sem dúvida, e nós no CSD continuamos alertas.
Acompanhamos toda a evolução noticiada e ainda pesquisamos informativos científicos sobre o comportamento da pandemia. Lemos até as publicações catastrofistas – e são muitas.
Seguimos as orientações oficiais (Veja aqui) de prevenção, conforme já noticiamos em 06 de março último:
- aumentamos as recomendações de higiene entre a população escolar,
- disponibilizamos álcool gel em todas as salas e corredores da escola,
- solicitamos comunicação imediata de suspeita de contágio para que possamos acompanhar a recuperação do infectado.
- Além disso, propomos que cada aluno traga sua própria garrafa de água ou squeezes (higienizados diariamente) para evitar aproximar suas bocas de bebedouros,
- que as crianças que se alimentam na escola tragam suas escovas de dentes com protetores e façam uso delas várias vezes durante o período.
- Para as crianças menores, que as chupetas sejam acondicionadas em recipientes próprios.
- Não compartilhar alimentos, nesse momento, é também uma indicação.
Fazemos isso na escola e entendemos que essas medidas devam ter prosseguimento nas casas também. Inclua-se que somos um polo provedor de esclarecimento de dúvidas sobre o assunto e centro de processamento de angústias para acalmar nossa comunidade. Atuação pedagógica, no momento de crise, é também assumir essa condição.
Havendo mudança nas orientações oficiais ou no cenário interno à escola, estamos preparados para adotar providências pertinentes preservando a serenidade e o trabalho pedagógico.
Site da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo